sexta-feira, 16 de novembro de 2007

Jogo de 15/11/2007 (H 301 10-6 H 302)

Talvez para compensar as mais recentes exibições em campo (também apelidadas de “falta de ritmo competitivo no estado crónico” ou mais simplesmente “falta de jeito”), hoje coube-me a mim a honra e a responsabilidade de fazer a crónica do sempre emotivo derby entre a equipa da sala H301 e da sala H302.

Neste particular, não se pode deixar em claro o ambiente vivido em torno deste jogo já que as bancadas do Coca-Cola Stadium Park (outrora Rio Tinto Indoor Soccer Stadium Park) estavam totalmente lotadas (pelo menos a avaliar pelo número de lugares vazios) e o ambiente ao rubro. O entusiasmo dos adeptos, vivido também dentro do campo, é o mais merecido fruto do aumento de competitividade dos últimos jogos e do surpreendente relançamento do campeonato. Persiste, neste momento, é um problema de fundo: os/as fãs incondicionais de Carlos Rodrigues, em virtude das últimas trocas (sempre em prol do equilíbrio no marcador (ou será no campeonato?)) não sabem a camisola de que clube hão-de vestir. Curiosamente, nada de grave, dizem eles, já que aparentemente tudo se resolve para o jogador e para os adeptos com uma prudente muda de roupa.

Foi também marcante o apoio e o incentivo de todos os adeptos e jogadores a uma das estrelas maiores do nosso campeonato. Topa Gomes, votos de rápida recuperação.

Mas falando agora do que realmente interessa e que se diz ser o mote deste já mui afamado e polémico blogue: o futebol (não sei porquê às vezes só presente nas entrelinhas) e o particular do jogo de 15/Nov.

Este foi mais um jogo disputadíssimo com o marcador surprendentemente a oscilar entre o 0-0 inicial e o 10-6 final. Fica só uma nota para mais um início de jogo marcado por recorrentes atrasos que, de positivo, só tem o amealhamento de alguns trocos que a continuar assim rapidamente se transformará numa fortuna.

Mas dentro do campo, uma vez mais a equipa H302 impôs, diga-se de forma exemplar, a sua mais velha escola futebolística, um estilo de jogo muito próprio, marcado pela total desorganização e apatia defensiva, e com um inicio avassalador e também beneficiando da superioridade numérica inicial (5vs.4) rapidamente se adianta no marcador (3-0). Não se deixando abater e não menos eficaz, a equipa H301 respondeu com a maior das clarividências e demonstrando uma evolução digna de registo conseguiu rapidamente chegar à conclusão que, perante a desorganização da equipa adversária não valia a pena perder tempo e recursos a organizar o seu jogo e não fez tardar a sua resposta pelos pés de Nuno Santos que com um chapéu com as medidas perfeitas motivou a equipa (agora 5vs.5) e foi capaz de relançar o jogo. Prometia… Foi deste modo atingido um ponto de eminente estabilidade com o resultado a oscilar equilibradamente em torno da vantagem mínima.

Só nuns 10 minutos finais avassaladores da H301, que diga-se não contou com o jogo psicológico do seu presidente, aliado ao desnorte, algum individualismo e desgaste físico da H302 (se calhar também no estado crónico e francamente diminuída pela ausência de Topa Gomes) se consolidou mais uma vitória gorda para a equipa que cada vez mais isolada comanda a classificação.

No final, em conferência de imprensa aos jornalistas, o treinador da H302, Eng. José Santos, presta uma sentida declaração, dizem que inspirado por um filósofo de seu nome M. Cajuda: “Se o futebol não é só ganhar e perder, hoje demos um grande passo no nosso crescimento”. Sem mais.

Bem-haja a todos e votos de uma boa semana de trabalho.

13 comentários:

José Santos disse...

Depois do assassinato futebolístico de Topa Gomes assistiu-se no jogo de ontem a uma tentativa, por parte de equipa H301, de mandar para o estaleiro a estrela da equipa H302 Américo Dimande.

A este ritmo vou ter de fazer um seguro contra todos os riscos aos elementos da minha equipa.

José Santos disse...

Foi com algum desânimo que observei, no jogo de ontem, a falta de lealdade futebolística da equipa H301. Como é sabido de cinco em cinco minutos há troca de guarda-redes:

1. A certa altura do jogo há uma troca de guarda-redes em cada uma das equipas, mas a equipa H301 apercebendo-se que quem tinha ido para a baliza adversária (Américo Dimande) volta a trocar de guarda-redes passado um minuto, sem qualquer justificação.

2. Bruno Quelhas que ontem foi dos elementos menos preponderantes da equipa H301, mas que é muito bom na baliza, esteve cerca de 15 minutos consecutivos na baliza, sem haver trocas de guarda-redes.

José Santos disse...

Só para esclarecer / relembrar que o treinador da equipa H302 é o Américo Dimande e não o José Santos. Este último é o presidente da equipa.

Ricardo Pimentel disse...

Lá está... depois de uma derrota lá vem o sr. José Santos meter-se onde n é chamado! As opções tácticas da equipa H301 são assunto a ser tratado pela equipa H301 e o sr. José Santos n tem nda a ver com isso! Além disso acho de uma tremenda lata vindo de uma equipa que já usou e abusou de longos periodos com Topa Gomes ou Dimande a jogar a guarda redes, defesa, médio, avançado (simultaneamente)!

António Topa Gomes disse...

Isto do blogue está cada vez mais violento! Mesmo assim, se me quiserem, para a semana jogo, desde que prometam que não me deitam ao chão.

José Santos disse...

Destaque ainda para a estreia das novas sapatilhas de Luís Silva, com cinco golos. Já longe vão os perigosos tempos das chuteiras.

José Santos disse...

Simplesmente não acho leal mudar de guarda-redes em função do adversário. Apenas dei a minha opinião, não me estou a meter em campos alheios. Meter-me onde não sou chamado seria escrever aqui o que certos elementos da equipa H301 disseram após o jogo, mas não o vou fazer, porque não é da minha conta.

Acho que não tem nada a ver o guarda-redes subir ou não. Isso depende da capacidade dos jogadores transitarem bem ou não a bola da defesa para o ataque. Como se sabe, ao contrário da H301 onde não faltam tecnicistas, na H302 há poucos jogadores vocacionados para desempenhar tal função. Daí o recurso ocasional nesta equipa à subida em campo do guarda-redes.

Ricardo Pimentel disse...

L.O.L.

m&m disse...

Que lata ó zé!Não esperava procurares esses argumentos para justificar o resultado, depois de no passado, onde situações como essas ou até piores terem ocorrido da vossa parte. No entanto não existe um regulamento a esclarecer essas situações e como tal tomo estes comentários como desabafos perante a superioridade da H301.

José Santos disse...

Não me recordo de a equipa H302 trocar de guarda-redes em função do guarda-redes adversário. Aliás, na época passada os horários das trocas nem sempre eram coincidentes.

Quanto à superioridade da equipa H301, nunca a coloquei em causa, os resultados falam por si, basta ver a tabela classificativa. Por isso também não preciso de desabafar.

Eu apenas manifestei a minha opinião.

Desejos de continuação de boa estadia aí no AC Milan. Avisa aí o Carlo Ancelotti que, ou ele te mete a jogar, ou em Dezembro, nós metemos aí o Mourinho no lugar dele.

Unknown disse...

Parecem umas meninas!!!
Quando ganham...esta tudo bem...
...quando perdem... a culpa é do guada-redes da equipa adversaria que teve mais de 5minutos na baliza!!!
NAO PERCEBO!!!

JOGUEM MAIS A BOLA E MENOS AS CANELAS!!!!

Ricardo Pimentel disse...

Já que se fala de tácticas, queria realçar que parte das dificuldades financeiras que o nosso futebol vem sofrendo se devem ao tipo de futebol praticado pela equipa H302, isto pq é uma equipa que pratica um futebol venenoso cujo o único objectivo é o resultado... não sendo de estranhar a falta de adeptos nos estádios. Senão vejamos a equipa H302 joga sempre no contra-ataque, privilegiando o futebol defensivo (e duro). Já equipa H301 joga em ataque continuado, futebol aberto e vistoso, procurando chamar adeptos ao estádio e convencer os manos Oliveira a darem um contrato para transmissões televisivas na Sportv. Por isso.. sr. José Santos... tenha vergonha e n fale das tácticas dos seus adversários!

Tenho dito!

José Santos disse...

Não sei a que jogo O Sr. Presidente se refere.

No último jogo não estava lá para ver. Não fosse a grande exibição de Fernando Bastos e o resultado seria outro.

O jogo anterior a este foi um dos melhores jogos colectivos de sempre por parte da equipa H302.

Contudo, o caminho ainda é longo. Sabemos da nossa irregularidade no campeonato, mas também do nosso potencial e estamos a trabalhar no bom sentido.

Apesar de tudo, percebemos que ainda assim somos uma fonte inspiradora para muita gente, como a Selecção Nacional. Veja-se o último jogo:
os jogadores não se mexiam, ficavam estáticos na sua posição à espera da bola, o jogador que tivesse a bola que resolvesse a situação, clara ausência de jogo colectivo, transição defesa aatque inexistente...

É com estes exemplos, que a gente sente que está no bom caminho. Se o Scolari foi campeão do Mundo, nós também o poderemos ser. Não sabemos é quando nem de quê!